O ESPAÇO ESCOLAR BEM GERIDO COLABORA PARA A APRENDIZAGEM

Do Todos Pela Educação

Publicação é parceria entre a Comunidade Educativa Cedac e a Editora Moderna

O espaço escolar bem gerido colabora para a aprendizagem

  Qual a melhor forma de organizar a biblioteca de uma escola? Como ter uma sala de informática bem equipada e conservada? E a sala de artes: como prepará-la para estimular a criatividade dos alunos? Qual deve ser a periodicidade de limpeza dos banheiros e de manutenção dos refeitórios? O espaço da sala de aula comporta de forma segura alunos e professores?

Foi pensando em apoiar os diretores escolares na solução dessas e de outras questões ligadas ao ambiente escolar que a Comunidade Educativa Cedac e a Editora Moderna desenvolveram a publicação “O que revela o espaço escolar? – Um livro para diretores de escola”, em parceria com a Fundação Santillana. A obra está sendo distribuída gratuitamente às escolas públicas de todo o País – a tiragem é de 40 mil exemplares – e sua versão digital pode ser baixada aqui.

A ideia do livro é justamente ajudar o diretor da escola a planejar ações de melhoria dos espaços escolares, com base em diagnósticos precisos feitos por meio de pautas de observação ou de questionários dirigidos a professores, alunos, pais e funcionários. Para facilitar a busca por temas, a obra é organizada em capítulos dedicados a cada ambiente escolar. Uma introdução explica como a melhoria daquele ambiente pode colaborar para a aprendizagem dos alunos. Além disso, há recomendações, cronogramas e dicas. Na versão online, ainda é possível encontrar adendos, como as informações sobre como manter o jardim e a horta da escola, por exemplo. “A obra pode ajudar o gestor na hora de fazer as devidas intervenções”, afirma Luciano Monteiro, diretor de relações institucionais da Editora Moderna.

Segundo ele, a falta de capacitação técnica de muitos gestores de escolas é um fator presente no Brasil e o livro pode ajudar exatamente nessas lacunas. “Existe uma carência na formação do diretor, além de faltar orientação”, diz Luciano. “Por isso mesmo a obra funciona como um manual, mostrando inclusive o que está à disposição do diretor em termos de recursos públicos. Assim, neutralizamos o discurso do ‘nada é possível’.”

Formação
Roberta Panico, diretora da Comunidade Educativa Cedac, destaca é preciso formar os diretores para lidarem com o cotidiano escolar. “Todo o conteúdo do livro aponta para uma perspectiva prática e formativa do gestor. A ideia é justamente construir o incômodo, para que ele perceba, na observação, que há coisas que não são comuns no espaço escolar e que devem ser organizadas e resolvidas”, explica. “Existem muitas precariedades na infraestrutura das escolas brasileiras hoje e muitos diretores não sabem como lidar com os obstáculos.”

A publicação, segundo Roberta, também procura solucionar dúvidas que muitos diretores têm sobre como tornar real a gestão democrática da escola. “Enfatizamos o fator da consulta à comunidade em determinadas decisões escolares, realizando uma gestão mais participativa. O diretor deve lembrar que ele não faz a gestão da escola sozinho e nem é o dono da escola”, afirma ela. “Ele é um prestador de serviços que é responsável não por 20 alunos de uma turma, mas por dezenas e até centenas deles e também por uma equipe de profissionais. Ele deve fazer a gestão da aprendizagem dos estudantes e dos professores.”

Histórico
A obra foi lançada pela primeira vez em 2002 e foi amplamente distribuída pelo Ministério da Educação (MEC). Esta segunda edição está atualizada e acrescida de conteúdos referentes a mais espaços da escola. “A obra original dava o foco para a arquitetura da escola, enfatizando apenas as questões do espaço físico e unicamente da perspectiva da infraestrutura escolar”, lembra Roberta Panico. “A nova versão traz o aspecto da gestão pedagógica do trabalho do diretor. A ideia é auxiliá-lo a pensar pedagogicamente o espaço.”

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